Você já ouviu falar em canelite? O nome não é muito usual, e a explicação pode parecer complexa, por se tratar de um estresse no medial tibial, mas esse problema é relativamente comum em atletas de alto rendimento, e pode atingir pessoas em geral a depender da rotina.
A canelite é causada por uma inflamação nos tendões, músculos e no próprio osso tíbia, o que leva às dores na canela. Basicamente, ela vem do uso excessivo dessa parte do corpo, por isso, até mesmo a pisada errada pode ser fator agravante em qualquer paciente, seja atleta ou não.
O primeiro sintoma será basicamente a dor na parte da frente da canela, logo abaixo do joelho. Na sequência, vem o inchaço nas pernas, sensibilidade ao toque, fraqueza e dor na movimentação. Não se pode confundir a canelite com fadiga ou problemas musculares, porque o não tratamento ou cuidados insuficientes levam a fraturas nos ossos, o que pode dificultar ainda mais os cuidados.
O diagnóstico da canelite é realizado por ortopedista esportivo ou por um ortopedista especialista em pé e tornozelo, através de um exame clínico e uma anamnese detalhada. Nesse exame, o médico vai fazer uma análise física, além de perguntar detalhes sobre as atividades físicas rotineiras. O ortopedista poderá solicitar um Raio-X, a fim de descartar possíveis fraturas ou outras lesões e eventualmente uma ressonância magnética, no qual se evidenciam áreas de edema (inflamação) no local doloroso.
Com esse diagnóstico em mãos, a primeira medida a se tomar imediatamente é o repouso. Após essa primeira fase, é possível que o ortopedista ou fisioterapeuta libere para que o indivíduo volte, aos poucos, a praticar exercícios físicos. O médico especialista ainda irá dar algumas indicações e recomendações, como alongamento e aquecimento antes das atividades físicas, a diminuição da intensidade do treinamento e a prática de exercícios físicos que visem o fortalecimento dos músculos da perna, além de compressa gelada, entre outros.
O tempo de recuperação varia de pessoa para pessoa, indo de semanas até meses, dependendo da gravidade da lesão e também do compromisso com o tratamento. Vale lembrar que a cirurgia só é indicada em casos mais extremos!
E como prevenir esse problema? Dicas simples são essenciais, como exercícios de alongamento e constante respeito aos limites do corpo. Somado a isso, há grande recomendação para uso de calçados adequados à atividade, o que permite absorção correta dos impactos e menor esforço para essa região da perna.
